Desça do salto com estilo e saúde

Item indispensável no guarda-roupa de qualquer mulher, o salto alto integra o universo feminino há décadas, com a adesão ao calçado crescendo a cada dia. Entretanto, embora a paixão feminina pelo salto seja antiga, o uso contínuo do acessório pode trazer sérios danos à saúde, principalmente problemas relacionados à coluna, como a hérnia de disco.
O salto tem poucos prós e muitos contras. A postura exigida para manter-se no salto requer que os pés fiquem em posição de flexão plantar (ponta do pé). Assim, com a mudança de eixo de gravidade mais anteriorizado, a base sustentação diminui na região do calcanhar, pois o apoio do peso fica centralizado na região dos pés, o que provoca mudanças de angulação do cérvix do fêmur e causa descontrole postural e mudanças na marcha.
E, pra piorar, tem mais: dores no joelho, joanetes (mas a hereditariedade também ajuda), calosidades, tendinite, entorses e unhas encravadas (quando o modelo é de bico fino). O que fazer, então? Jogar as sandálias no lixo?
Claro que não. O segredo é variar na altura. Intercalar o uso de sapatos com saltos mais altos e mais baixos não fragiliza a musculatura. O proibido nessa história é deixar que seus pés se acostumem a um tipo específico de salto. Quando isso acontece, a cada mudança na altura, a pessoa sente dor.
Outra dica fundamental é escolher a numeração correta para os pés, de forma que o calçado não fique apertado ou folgado. O escalda pé com água morna também é muito bom. A pessoa pode colocar pedrinhas ou bolinhas de gude (petecas) e fazer movimentos para frente e para trás com os pés. É relaxante e reduz o impacto. Recomenda-se ser feito três vezes por semana.
Ainda sobre as sandálias, é bom evitar o uso das do tipo rasteira, porque estas não têm alcochoamento para suportar os impactos. Os calçados pedem o máximo de conforto e, ao sentir dores, é preciso procurar um médico ou fisioterapeuta para um diagnóstico. Nessas horas, não fique de salto alto.
Leve em conta na hora de comprar
- Não escolha o sapato pelo tamanho informado na sola. Priorize o conforto e o equilíbrio que o salto proporciona;
- Faça a compra no fim da tarde e à noite, quando seus pés estão mais largos;
- Uma boa forma de avaliar se um calçado vai ficar confortável é, ao calçá-lo, verificar se sobram de 0,5 a 1,3 cm entre o dedo maior e o final do sapato;
- O calçado não deve ser de material duro;
- Se o sapato não é confortável, então não compre seduzida pela beleza, esperando que ele laceie;
- Nem um pouco largo, nem um pouco apertado: é preciso que o sapato esteja confortável ao experimentá-lo na loja.
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